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VERSIÓN AL ESPAÑOL>>>

 


QUANDO SONHARES
Maria Petronilho

Entrega-te de alma inteira!
Desenha no azul a quimera
E não deixes que trovoada
A sufoque ou destrua!

Segue o vento na voz do pensamento!
Segue o mar no brilho do alvor!

Porque sonhar é viver
E não sonhar… é deixar a vida escoar
Sem razões e sem prazer!

Lisboa, 16/10/2006

Maria Petronilho
http://www.maria-petronilho.net/

O Sol Na Minha Mão

Se a água é o símbolo da vida
É graças ao poder do Astro Rei
Que a Terra aos humanos dá guarida
E excede muito além tudo o que sei...

Será que seja o Sol fonte Divina
A revelar de Deus a Majestade?...
Inspirando aos seres humanos a doutrina
De nascer p´ra todos em igualdade!...

Deus à Terra, o Sol da vida quis dar
P’ra todo o ser igual , sem distinção
Sem direito de alguém jamais roubar...

Mas no mundo, há do Sol muito ladrão.
Eu quero, com todos compartilhar
Lustre o Sol, que pousou na minha mão!...

Euclides Cavaco

www.euclidescavaco.com


AMIGOS
Jacques Coimbra©.

Há pessoas que entram em minha vida,
De mansinho e o coração aberto.
Suas almas sempre a me dar guarida,
Povoando aquele espaço deserto.

Trazendo amor e a doce presença,
Brindando a alegria de estar comigo.
Vencendo sempre minha descrença,
Dando-me afeto, ternura e abrigo.

Quero homenageá-las agora.
Por que deixar para amanhã? Depois...
Bem sei que após a noite vem a aurora.

Um dia de amizade vem com dois sois,
Um dentro do peito e outro lá fora,
O do amigo e o meu, mas juntos os dois.

Jacques Coimbra©.
17 06 06




EN LA NIEBLA
 Alberto Peyrano©

Desandar, como quien evoca
las horas incontables de la ausencia,
el yo, desesperado en la sordera
de parajes oscuros,
de ignotas caminatas
a la orilla de lagos que abrían en sus huecos
la promesa silenciosa de una luz mortecina,
al menos para saber que allí
la esperanza latía en agonía.
El viento, viejo amigo,
rugía en el ocaso anunciando
los apocalipsis de mis horas vanas
y el mar era besado
por un cielo gris
que bajaba sediento hasta sus aguas.
La niebla me envolvía.
Mi rosario de penas
desgastó mis dedos moribundos
junto al poema póstumo
de tu despedida.
© 2006
Buenos Aires, Argentina
http://www.albertopeyrano.com.ar/


NÃO HÁ DILEMA…
Carmo Vasconcelos©

Quando me sinto num labirinto
ou encruzilhada
e a minha alma aniquilada
é folha morta…

Quando me vejo
como pintura inacabada
e o meu desejo chega à loucura
e me desfaço…

Quando a procura
é uma saída que não tem porta
e o meu abraço
vai para o espaço…

Ainda assim
não é o fim, não há dilema
pois sempre encontro dentro de mim
"aquele" poema!
Carmo Vasconcelos©
(In "Geometrias Intemporais")

www.Abrali.com/web/carmovasconcelos.htm


Despedida
Vânia Moreira Diniz©

Quando eu parti da minha terra,
Admirando sua beleza em nostalgia,
Subindo triste e pensativa a serra,
As lágrimas desciam em lenta agonia.

Ali eu tinha vivido o tempo inteiro,
Na cidade maravilhosa, uma elegia,
O sofrimento era imenso e certeiro,
E no pensamento as praias eu via.

Do mar tinha antecipada saudade,
Recordava suas águas que eu amava,
Mas a despedida era uma verdade
Que por dentro amarga eu lastimava.

Antevia outra cidade outra vida,
Concepções, pensamentos e valores,
Diversas transformações e morada,
Que subjetivamente suscitavam pavores.

Sentia falta de família e amigos queridos,
Que nas horas lentas de dor ou martírio,
E nos episódios tão maravilhosos vividos,
Estavam sempre ao meu lado em convívio.

A minha infância lembrava com carinho,
Os colegas eu evocava com forte ternura,
E os via todos em uniforme azul-marinho,
Com o quente casaco amarrado à cintura.

Deixava as minhas lembranças mais tépidas,
Ao calor conhecido e familiar da terra natal,
Na qual corria com pernas fortes e lépidas,
Ao encontro de realizações frágeis como cristal.

Outra era iniciava e esperava que a juventude,
Ajudasse a superar as mágoas da despedida,
E prosseguia querendo mudar a saudosa atitude
Da temporada encantada e sedutora já vivida.
©VÂNIA MOREIRA DINIZ
http://www.vaniadiniz.pro.br/

Delírio
Sylvia Cohin

Sou como a teia e no ar me agito ,
trama que leva ao êxtase infinito
e por um fio oscilo flutuante ,
no devaneio do meu ser mutante .

Sou viajante , andarilha errática ,
eu sou razão... sou contumaz lunática...
Tão forte o instinto em tudo que sinto,
bem longe enxergo aquilo que pressinto...

Dor que sufoca em forma de suspiro ,
ternura infinda que do céu retiro ,
tenho em meu peito a pedra do moinho ,
canto matutino de passarinho.

Neste contraste e visão deslumbrante ,
explodo em fonte de amor delirante .
Nos olhos brilha a vida que respira ,
seiva divina o meu viver inspira !
Teia trançada em trama de martírio,
glória suprema em forma de delírio !
Sylvia Cohin©
Bahia - Brasil
26.11.2004
http://chavedapoesia.blogspot.com/



TU E EU
Victor Jerónimo©

Quem sou eu?
Eu, sou o mesmo que tu
A mesma cor do sangue
O mesmo embrião original,
Nascido da mesma hierarquia
Sem menos nem mais que tu.

Anseio à vida como tu
À mesma felicidade e saber, amar
Ter o calor de um carinho
Nem mais, nem menos, que tu.

Desejo o sol como tu
Ver resplandescente o seu nascer
E à noite olhar a lua lá no alto
Nem menos que eu, nem mais que tu.

Quero o firmamento como tu
Sentir o calor das estrelas
Ver o explendor dos cometas
Como tu e como eu.

Sentir a natureza como tu
Ver nas flores o renascer da vida
E a sensibilidade das borboletas
Sem menos nem mais que tu.

Anseio ao mistico como tu
Prever o futuro deste mundo assolado
Sentir em tudo o presente e o futuro
Nem menos, nem mais, que tu.

Desejo crer em mim, como tu
Crer nos sonhos que me assolam
E com eles gozar a magia do mundo
Como tu e como eu.

Quem és tu?
O mesmo que eu
Nos desejos de construir um mundo novo
No sentir a paz das florestas
Na construção da felicidade
Tu, dá-me a tua mão, irmão.
Victor Jerónimo©
20.01.2005

Um dia te conheci...Portugal!
Mercêdes Pordeus©
Recife/PE

Há quem te chame de pequenino...Portugal.
Percorri teus cantos, conheci teus recantos,
Por tuas ruas, cidades, freguesias eu andei
Então,eu me deslumbrei com teus encantos.

Em ti, literalmente, o amor descobri...Portugal.
Encontrei em ti, visualizei uma beleza sem igual
Dessas terras lusitanas, encontrei amor paternal
E mais uma vez, teus encantos me encantaram.

Em ti, divagando nas tuas ruas, encontrei a paz
Paz, que flui naturalmente de ti e que nos apraz.
Conhecer-te, foi como descobrir um belo reino,
Um reino encantado, pré-moldado por um oleiro.

Terra de desbravadores, grandes empreendedores
De datas longínquas, a herança dos descobridores.
Povo destemido, sua visão projetada para o futuro
Que ainda hoje com grande brio e fama conservas.

Lisboa, Algarve, Mafra, Santarém, Belmonte, Viseu.
Teus monumentos preservas como grandes tesouros,
E com razão, pois para ti significam o mais puro ouro,
Bem sabes de sua importância para tempo vindouro.

Infante D. Henrique, Vasco da Gama,Álvares Cabral,
Naus lusitanas, caravelas tantos mares percorreram,
Por mares nunca dantes navegados...disse Camões
Nos oceanos se lançaram, assim terras descobriram.

Sabes, Portugal...tens sob tua guarda grande riqueza
Adquiridas ao longo do tempo realizando
suas proezas,
Intrépidos descobridores, de tantas naturais belezas
Conservas no berço o sonho
embalado sem incertezas.

Portugal, assim como o Brasil, sonhaste
com a liberdade
Perseguiste-a com garra e a demonstraste
na tua altivez
Lutaste, povo bravio, e a conseguiste com tua intrepidez
Saíste de um regime salazarista, e a opressão se desfez.

Através dos fados, por escuras vielas, cantas tua história,
Passei por tuas ruas e cidades, engraçado...hospedeiras,
Tão hospitaleiras, que nem sequer me senti estrangeira.
Pudera, és minha origem, querida terra lusíada e altaneira.
Mercêdes Pordeus©
31.05.2005


ALMAS HOSPEDEIRAS
VERA MUSSI©

Ao acender das luzes...
no palco das emoções
Assistimos...
Conseguimos aplaudir
Lindas poesias !

Límpido som
nos enredos musicais ,
Imagens dos eternos ais...
Estranhas ausências ...
Figuras digitais
Sem conseqüências ,
Discretos rituais !

Vivemos todos os dias
um misto de alegrias ...
Excitantes - Tristezas ...
Esperanças - Dignificantes ...
Presenças marcantes !
Indefesas ?
Quiçá ,
Abandonadas em berço macio ,
das ilusões perdidas ...
Um coração sadio !

Ah! ...
Poeta do dia-a-dia ...
A imaginação é a visão de nossa alma !
Por onde anda a sua alma inteira ?

Lá não desejamos
encontrar as doces amarguras ...
A poesia não quer de nós
algo assim...
Testemunhos vazios ,
Sem dor !

Enfim ...
Vamos juntar as mãos ,
em busca daquelas raras ternuras ,
do amor dos outros também !
Há sempre alguém
à espera do bem ...

Amanhã ...
quem sabe ...?
Compreenderemos ...conscientes ,
Tantos corações abertos !

Estaremos unidos , quando amamos ,
quando expomos o nosso Amor ,
ao alvedrio do tempo e da hora
às intempéries da vida , no ritmo
alucinante dos acontecimentos !

Como ondas... ,
que quebram à beira da praia ,
Jamais alcançam o amor
gravado nas areias , longe das veias
daquele coração repleto de dor ...
Purificado pelo sol !
Só assim será o amor poetal ,
Verdadeiro farol !

A nossa imaginação
insiste em criar só doçuras !
Sonharemos sempre
com os momentos vividos ,
Completa felicidade !
As dores do amor nunca nos ferem...
Apenas deixam
Marcas insensíveis ...
Invisíveis !

Pudera !
As minhas ... como as suas
e de todos os poetas tão amados ,
Escolheram viver...
Assim !

Vão morrer ... enamorados
Em total silêncio !
É do íntimo do poeta tal feitio !
São dores imaginadas
Um dia ...
Serão esquecidas
Nessa vida passageira ...
Das almas verdadeiras ,
Alvissareiras...
Sempre hospedeiras !
VERA MUSSI©

DESPEDIDA
Fátima Irene Pinto©

Pegarei todos os meus sonhos e os despacharei em envelope pardo,destinatário incerto, sem remetente.
Passarei um pincel escuro no arco-íris que inocentemente eu desenhei, carregado de cores.
Amassarei de vez todas as flores de mentirosas esperanças e
arrancarei até mesmo os falsos botões
que estão por vir.

Nublarei a noite quando ela me escancarar a lua cheia, apagarei uma a uma, todas as estrelas que teimarem em tremeluzir.
Tingirei de cinza a manhã mais luminosa do meu santuário, emudecerei o canto do meu sabiá canoro
e não farei mais festa para o meu colibri.

Desfarei todas as pegadas do caminho, onde os teus passos e os meus estiveram perfilados.
Encherei de colcheias e semifusas confusas todos os fados e canções que arrancaram lágrimas deste meu coração emocionado.
Farei em pedacinhos,pequenas e grandes lembranças palpáveis, sem esquecer aquele CD e o vestido de marquinhas, aquele que tu gostavas, mas não chegaste a conhecer.

Destroçarei também as recordações não palpáveis, que um dia me deram provas incontestes do teu amor E dizimarei todas as angélicas hostes que me atrelaram a ti, esquecidas da minha dor.

E se porventura em sonhos minha alma desvairada te buscar e, em prantos te encontrar andando pela rua,
Abraça-me, com aquele carinho de antigamente
Porque sonhando, nossas almas não mentem
E a minha te dirá que ainda sou tua.

Fátima Irene Pinto©
No Livro
Relicário
http://www.fatimairene.com/


VESTES DE AMOR
Lenamais©

Permito que me dispa
peça por peça suavemente
ou com toda a tua loucura

que fareje meu corpo
então me lambuze de desejos
que reine teu adorado insano
esqueça o soberano sano

que todos os sabores teus
temperem todos os meus
que todos os fluídos teus
umedeçam os meus

sonhemos nosso sonho
deliremos cada delírio
para sempre fiquemos tatuados

abra todas as portas
que a felicidade tome posse
sem fragmentos
sem receios

quero ser tua eterna amante
torne mais esta noite delirante
e outras mais eternamente

não somos apenas miragens
somos nós, reais imagens
de um eterno amor

hoje usaremos apenas...
nossas vestes de amor
do teu e meu amor
Lenamais©

http://www.lenamais.com.br/

EU DIRIA.

Ao despertar, teu rosto abstrato;
Não é retrato, mas rosto de dama.
Porque me ama no teu anonimato,
Meu coração baixinho proclama.

Às minhas carícias sempre esquivas.
Não são lascivas, mas de amor puro.
Quebrando o muro, pois permissivas,
São apenas missivas de bom augúrio.

Não suportaria, sem a tua presença,
Pois a descrença o escudo venceria,
Só me restaria a doce lembrança.

Hoje provando a inata calmaria,
Não aceitaria apenas tua clemência,
Amo-te demais, assim eu diria.
Jacques Coimbra.©
15 06 06

ENTRE DOIS MUNDOS
Ludy Mellt Sekher©

Cantando por cumes de esmeraldas grávidas,
transito voando entre orquídeas e azucenas,
fujo caminhando como um fada de lendas,
tão etérea e ligeira, que nem sequer tenho veias.

Em terra há pérfidas serpentes ao espreito,
desenhando brumosos arabescos em silêncio.
A noite longa, interminável, grande sacrilegio,
onde habitam sem dormir todos os refugos.

Onde todas as recordações sem cessar fustigam,
e as aranhas da insônia as pálpebras golpeiam,
onde do cimento e o metal somos prisioneiros,

Entre o mundo da terra e o mundo celestial
serpenteando vou, vadeando a espinha da roseira.
Com olhos enjugados este mundo cinza quero deixar
Ludy Mellt Sekher©

NEVOEIRO
Ludy Mellt Sekher©

Este nevoeiro cinza que me acompanha,
neste triste inverno de fria manhã,
vai chegando sutilmente até minha alma,
a meus sonhos prova desfazer em acalma.

Glacial nevoeiro, cruel, sem fronteira alguma,
soberana inerte, em parte como nenhuma ,
desprega seu alento de gelo para o céu,
e não há pássaros nem estrelas que possa ver.

Cinza nevoeiro mulher, sem calor, sem ternura,
que do amor nada podes compreender.
Levanta teu alento frio e tua mirada inteira,
e permite-me em seguida, outro amanhecer.

Ludy Mellt Sekher©

Ludy Mellt Sekher©
Poemas do livro
“Fragmentos do Coração”
I.S.B.N. 1.345.722-M R
©Ludy Mellt Sekher
©Editorial LMS
Uruguai
http://www.sekher.com


PORTUGAL
Ógui Lourenço Mauri©

Oh, magna Pátria-Mãe de minha Pátria!
Que aos brasileiros deixou por legado
extenso território unificado,
além de preservada a língua mátria.

Portugal, pequeno na Geografia,
és gigante, porém, em tua História!...
Toda ela construída de glória,
a partir da primeira dinastia.

Lindo é o rubro-verde de teu pendão,
tanto quanto o nosso verde-amarelo;
mantemos na "cor da esperança" o elo
simbolizando um porvir de união.

Comunidade luso-brasileira...
Fraternidade, mescla cutural!
É o Brasil integrado a Portugal;
livres, a agir da mesma maneira.

Sou um brasileiro... Sou grato a ti!
Por meu país, que deste de presente...
Sem sangue derramado... Comovente!
Pra teu orgulho e da terra onde nasci...
Ógui Lourenço Mauri©
27/05/2005

BUSCAR-TE-EI NAS
ENTRANHAS DO UNIVERSO
Vanderly Medeiros©

Transporei as linhas do tempo
e, nas profundezas obscuras perpassarei
pelos limites tênues do porto
etéreo da mente transcendental.

Totalmente sem fronteiras,
mergulharei em minha vidas passadas e,
buscar-te-ei nas entranhas do universo,
sem os liames do oráculo mortal
que um dia nos separou
transformando a terra
em minha prisão e lamento.

Sua ausência esfacelou minh'alma,
roubou-me a calma.
Perdi-me no tempo,
nas vidas e mortes carnais...

E nas asas de uma estrela cadente
unir-me-ei novamente a alma gêmea da minha.
Se, preciso for revolverei os mares,
derrubarei muralhas da China ou divinais...
Ressuscitarei antigos faraós;
Reavivarei o reino atlântico;
Pedirei a Poseidon que revolte os mares...

E nessa revolução celestial
encontrar-te-ei e,
de nossas dores e desamores
faremos o ungüento de nossas lágrimas
perdidas no tempo e na saudade,
do quão doloroso foi nosso retorno solitário.
Erigiremos então,
nosso oásis de amor!
06/11/02 18:00 h
Brasil
http://br.geocities.com/vanderlimedeiros/


O Guerreiro
Pedro Valdoy©

Sou um guerreiro
Monto meu cavalo
o cavalo das estrelas
com minha adaga mágica

Cavalgo por montes e vales
procuro o maior inimigo
escondido na destruição
chamado guerra

Com minha espada longa
destruo todo o material
bélico na insensibilidade
dos homens perdidos

Ressuscito os mortos
que vão em paz
para as suas terras
perdidas no Planeta

Então a felicidade
rodeia-me
recheada de paz e amor
em demanda de outras terras

Como guerreiro
dispo minhas vestes
e transformo-me
num cidadão comum

Há procura da princesa
terna e desejada
para o amor eterno
e passeio pelas ruas

Já estava à minha espera
sorridente bondosa
com a sensualidade
desejada pela paz.

Pedro Valdoy©


QUE CANTEM OS POETAS
Jorge Humberto©

Que cantem os poetas,
Que digam os loucos,
O que disserem,
Palavra rude ou bandeira,
Esgar ou fonema,
Que cantem,
Não mais calem,
Pois quando a fome é plena
E a desgraça um teorema,
Toda a fonética é pouca,
Para se dizer da voz a boca
Da retorta que há num tema.

Quando o poeta canta
E traz a voz ao homem,
Ou é sorte ou a planta,
Dos versos quando morrem.

Por isso, que cantem os poetas,
Ou digam os loucos,
O que disserem,
Que não há grito, que cale a fome,
Nem palavra, por nosso nome,
Numa criança,
Quando morre.
Jorge Humberto
(24/02/2004)
http://geocities.yahoo.com.br/myselfthepoet/OPOETA2.html


Portugal em Chamas(II)
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
As labaredas desenham no ar sinuosidades
que quais mulheres fatais,
enganam pela beleza.
Assustadora beleza,
que crepita alegremente
enquanto devora.
O fogo tem salamandras implacáveis.
Elas aquecem o ar
e tudo mais em torno
enquantam dançam,azuis e alaranjadas.
E os homens,as mulheres,as crianças,
enquanto respiram o ar morno,
enquanto tentam livrar os animais,
enquanto veem as plantas se encolherem,
se enegrecerem
a resistir,
e as aves assustadiças
a fugir,
ainda se envolvem
em chales de temores ancestrais
e choram...
Dentro do coração cansado,
da alma chamuscada,
a esperança,
verde e renovada a cada instante,
brota em tênue manto
do qual será preciso cuidar...
E então,as horas se engancham nas pás
de velozes ou lentos
moinhos do Tempo...
As salamandram se evolam!
E um dia,as pessoas acordam mais contentes
e percebem-se curadas,reformulasdas.
Muito mais resilientes,
aprendem os segredos das adaptações...
E o pior já passou...
www.clevanepessoa.net
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AUTO-AJUDA PARA NADA

SEQÜESTRO


Se você for seqüestrado
vá de bom grado
é melhor do que viver
abandonado.

Atrase ao máximo o pagamento
de suas dívidas.
Se você morrer antes, sem dúvida
vai economizar um bom dinheiro.

Deixa de ansiedade
não apresse o tempo
melhor seria retardá-lo
entendeu?

Não invoque Deus
a qualquer pretexto
não congestione a fila
que Ele agradece.

Barão de Pindaré Jr.
António Miranda

http://www.antoniomiranda.com.br/

Ansiedad
Marcelo Romano©

Esperas ávida buscando
ver nacer el sol, tibieza en piel,
el abrazo fuerte de la brisa
refrescando tu corazón...
en lontananza cientos de luces
alientan tu espera ilusionada...
mejillas escarchadas de frío,
alma solitaria buscando refugio..
el suave viento penetra tu cuerpo,
besando tu piel deseosa ...
de resurgir al amor...
ilusionada mujer que espera ...
no postergues tus ansias ,
por ese gran amor ...él llega siempre y ...
sentirás al abrazo fuerte
el beso ansiado , latidos agitados ...
manos unidas, diálogos sin fin ...,
nunca dejes de soñar...,de ilusionarte...
¡ estoy cerca de ti !
soy el amor...
Marcelo Romano©
Salta-Argentina
www.locurapoetica.com



O AMIGO
Alfredo dos Santos Mendes©

Quanto vale a ternura de um amigo,
quando afasta de nós o sofrimento,
nos protege do p'rigo, do tormento,
e faz do seu abraço, nosso abrigo?

Nos defende perante o inimigo!
Se irmana em nossa causa, sem lamento!
Enxuga nosso rosto no momento,
em que a dor traz a lágrima consigo!

Que sente a nossa dor, nossa amargura!
Que é nossa estrela guia em noite escura,
que não nos deixa a sós por um segundo!

Quem tem amigo assim tão dedicado,
e que faz da amizade, apostolado,
tem a maior fortuna deste mundo!
Lagos, 23/07/2005
Alfredo dos Santos Mendes©



A ALQUIMIA DO TRAÇO
Fernando Peixoto©

À Margarida Santos
Ao Agostinho Santos
Um traço pode ser somente um risco
violando a alvura do papel
mas um traço pode ainda ser um grito
um pedaço de bílis ou de fel
um traço pode ser somente um risco
que se inscreve à toa no papel
mas um traço pode ser ainda um grito
uma gota de água ou de mel
um traço pode ser somente um risco
um risco que se corre necessário
mas um traço pode ser um horizonte
ou fronteira do nosso itinerário
um traço pode ser somente um risco
feito a lápis a tinta ou a carvão
mas um traço pode ainda ser o ímpeto
com que se varre a vida um furacão
um traço pode ser somente um risco
que percorre a caneta distraída
mas um traço pode ainda ser o arquê
donde tudo provém até a vida
um traço pode ser somente um risco
que se faz sem qualquer significado
mas um traço pode ainda ser o sémen
dum longínquo sonho retomado
um traço pode ser somente um risco
um traço pode ser somente um traço
mas um traço é de certeza mais do que isto
porque tem uma forma e ocupa espaço
porque um traço revela uma intenção
porque um traço revela sempre um plano
onde houver um traço houve uma mão
uma mão que o traçou um ser humano

Fernando Peixoto©
Gaia - Portugal

http://chavedapoesia.blogspot.com/


Intolerável Indiferença
Flori Jane©


A imagem insiste em recompor-se
Na mente insone e ainda ofegante
Revejo, malgrado o sofrimento,
Aquele hediondo e atroz momento
Em que me aninhei nas asas da dúvida
E resvalei nas sombras de uma
Intolerável indiferença.
Os pés pequenos, pés de uma criança
Aguardando, imóveis, a mordaz sentença
Em torno, tudo conspirando, em total silêncio
Tudo estático, o mundo inteiro em suspenso
Aguardando de mim, a palavra final
O tempo se congelando
Visivelmente, na janela
A alma a se constranger, a mente dividida
Nas árvores, o gélido serpentear do vento
Que a tudo assistia, entristecido,
Sustentando, a prumo, um sincero lamento
Quem sabe, testemunha do último alento
De um andarilho que ali repousava
Quase noite e, sem esperança, à espera
Na porta, inerte, a pobre criança
A tremer, sorria
E no olhar que se escondia,
Furtivo, atrás de uma cortina...
O receio, a repulsa, a fria indecisão
Acolher o horror que se apresentava
Ou rejeitar a verdade ali exposta,
Nua e crua?
Fechar os olhos e ignorar, talvez?
Flori Jane©
http://www.florijane.com/

Segredo
Ligi@Tomarchio®©

E se viu nua
Segredos íntimos revelados
Coração em prantos
O sangue gelado.

Inesperadas mas prementes
As palavras escorrem dos lábios
O vazio se fez
Ela apenas ouvia...

O ser que tanto amava
Agora em transe
Uma árvore tombando...
Ligi@Tomarchio®©
05/02/2005
http://paginas.terra.com.br/arte/ligiatomarchio/

POETA
Lara Cardoso©

De verve tão manifesta,
extraindo de si, perene calma
alardeia sua bela alma
hoje, em dia de festa,
na herança que ainda resta...

E nas letras, que o acaso empresta,
faz nascer entre rimas
esquecendo suas cismas,
ao espargir sua alegria
elaborando de dentro de si, a poesia...

Nem mesmo a sua alma inquieta
ou, tão pouco, a desafeição,
fazem impedir o verso
nascido no coração,
ainda que em ato controverso...
...ergue-se inflamado o poeta
que é pura emoção!


TEMPESTADE DA VIDA
Rosimeire Leal da Motta©

Era a árvore mais bela da floresta.
Suas folhas formavam uma linda copa.
Seus frutos muito doces.
Os pássaros disputavam seus galhos.
Cada ser da natureza tem sua história,
esta, seu dossiê é demasiado triste.
No auge da juventude
devastaram a mata ao seu redor.
E então, primeiro rarearam seus frutos,
depois, o vento arrancou suas folhas amareladas.
Não mais recebeu sol e água.
Seu tronco se deformou...
O ar se tornou poluído...
A região se transformou num deserto...
Perdeu o vigor de existir.
Sua beleza se desgastou,
envelheceu precocemente
A tempestade da vida pesou sobre ela.
Já não era mais ela,
e sim, uma caricatura do que foi um dia.
Um viajante que outrora passara por ali
e descansara a sua a sombra,
diante dela tirou o chapéu da cabeça,
com as lágrimas escorrendo pela face, perguntou:
"O que aconteceu com você???"
Rosimeire Leal da Motta©


http://br.geocities.com/rosimeire_lm/



LIVRO DE BOLSO
Lílian Maial©

O tempo que passou, passaste-o bem,
correndo pelo tempo a versejar,
e os versos que versejas pra ninguém,
o tempo há de (a seu tempo) recitar.

Amores nunca ficam tão aquém,
são livros, ensinando-nos a amar.
Se amaste tanto assim, quero também,
ler tudo o que souberes lecionar.

Das horas em que espero-te ao relento,
sentindo o teu perfume contra o vento,
de estrela e de esperança entendo além.

Sou triste e melancólica poeta,
que, um dia, imaginou a porta aberta,
e a vinda desse amor, que nunca vem.

http://lilianmaial.portalcen.org/


Solidão
Rosa Pena©

Solidão...
É mosca na teia,
é sangue sem veia,
é mar sem sereia,
é encontrar tua caixa cheia.
Solidão ...
No micro ligado
no mouse clicado,
na ausência do teu nome negritado,
no lençol lavado sem pecado,
no fogo sem calor,
no ninho sem amor,
no dia sem flor,
no amor sem ciúmes,
no travesseiro sem teu perfume.
Solidão...
é o violino sem mão,
é globo sem nação,
é ouvir apenas,
o silêncio do teu não.

Rosa Pena©
http://www.rosapena.recantodasletras.com.br/
 

Coisas Singelas
Mercília Rodrigues©

A carícia no rosto puro de criança.
Perceber num olhar qualquer recado.
Um beijo intenso, doce, inesperado.
A rede onde a saudade se balança...

As damas da noite perfumadas
e um casal sorrindo de mãos dadas ...
Uma janela com gerânio em jardineira ,
o cantar das mulheres lavadeiras.

Um ancião que vive solto qual criança,
O sorriso do amigo que acalenta .
A promessa da colheita em bonança
e o colo da mãe que o medo afugenta ...

Os rabiscos da mão de um aprendiz .
A coreografia de aves em revoada,
a algazarra de criança na calçada
e uma risada de alguém que é feliz !

http://www.josegeraldomartinez.hpg.ig.com.br/

Frio
Cleide Canton©

Lá fora
faz-se mais que presente
um frio que castiga.
Cá dentro
pensamentos indefinidos,
desejos reprimidos,
sorrisos pálidos
que não encontram razões de alegria.
Triste dia!
Não vejo as cores
mas ardem os meus bolores.
Não sinto o encolhimento
das minhas paredes
mas percebo
o cerceamento dos meus espaços.
Das lutas constantes,
o cansaço.
Fugiu-me a beleza dos versos.
Amarelaram-se as folhas da vida.
Assim, perdida,
entre um amanhecer de desejos
e um anoitecer opaco e desfigurado,
isolo-me no canto dos esquecidos
querendo simplesmente desabar.
No entanto,
bem lá dentro de mim
descubro o grito indomável da vida
escondido pelo véu dos dissabores.
É mais forte que todos os desamores.
Choro, enfim...
SP, 12/08/2004
Cleide Canton©
http://www.paginapoeticadecleidecanton.com/

A ROSA DA VIDA
Lêda Mello©

Há que se compreender
a beleza e o mistério
das pétalas de uma rosa.
Não há o que perguntar.
Há o que se ver e sentir,
pétala por pétala,
até que se cumpra
o seu tempo de flor.
Arapiraca(AL), 06.10.2004
Lêda Mello©
http://www.laurapoesias.com/irmaos_motta_mello/poesias.htm



REMINISCÊNCIA
Iranimel©

Caminho triste pela estrada tão antiga,
Com a paisagem, hoje uma tanto desgastada;
De cercas vãs, despencando e desbotadas...
E sem jardins, colibris, flores, nem nada.

Entro na sala do pensamento e relembro
Esse caminho outrora lindo, suntuoso!
Percorro a estrada e admiro a natureza,
As belas árvores, os jardins, quanta beleza!

Mas, num instante, caio em mim, e, assombrada,
Sinto o silêncio e a ausência dos ruídos. . .
Desesperada, eu tento ver nosso passado:
Mas jaz o tempo no baú dos esquecidos.

Tempo cruel, por que insistes em levar
Contigo os dias que fizeram nossa história?
Por que não levas tão somente as tristezas,
E deixa aqui os nossos sonhos, nossas glórias!?
Iranimel©
http://recantoencantos.bravehost.com/



Sempre uma esperança
Marilena Basso©

Olho para o céu azul,
Procuro pelas nuvens,
Hoje, brancas, como algodão.
As lágrimas começam a escorrer
Lavando a poeira do rosto e da alma.
A brisa começa a dançar na tentativa
De secar essa água salgada
Que brota do fundo do meu ser.
A esperança tão acalentada,
De ver nuvens carregadas,
De ouvir o pipocar de um trovão,
Um relâmpago riscando o céu
Iluminando o meu rincão,
Não morreu, vive ainda,
Seus últimos suspiros.
Oh! Meu Deus, que sofrimento,
Adentrar ao meu pobre lar,
Não ter comida suficiente
Para colocar sobre a mesa
E fartar aos que quero bem.
Mas, não quero receber
Uma porção quinzenal ou mensal:
Quero apenas e tão-somente
Ferramentas para trabalhar.
Sementes para plantar.
E a abençoada chuva para
Garantir uma boa colheita.
Sou pobre, não vagabundo,
Pois, quando na terra estou a lidar,
Sinto o suor pelo rosto escorrer
Com gotas chegando à boca,
Novamente sentindo seu gosto salgado,
Um prazer imenso invade a
Minh'alma ansiosa e aflita.
Meu Deus! Tenha piedade!
Já que dos homens não posso esperar,
Só você, em sua onipotência,
Poderá me mandar a água preciosa,
A qual fará com que eu,
Após um dia cansativo,
Regresse ao meu lar,
Transponha o umbral,
Alimente minha família,
Podendo, assim, me deitar tranqüilo,
Com a consciência de que fiz
O que de mim era esperado
E, finalmente então, dormir o sono dos justos.
Marilena Basso©


AFÃ
Ludy Mellt Sekher©


Como a sedenta terra bebi
lenta, de gota em gota, tua recordação.
Como a flor ao orvalho, frágil, vivido,
mas condenado ao inevitável esquecimento.

E foi esta sede de umidade perpétua
a que me agrietó e murchou a vida.
Com a pele resseca, por ele adormecida.
Não há água de rosas para minha estátua.

E eu, com minha fome de fragancias
vagabundeei por todos os rincões.
Não me encontraste pelas estadias.

Nem no espelho de água de minhas essências
te refletiste, assim beberia teus atendimentos.
Hoje, olho-te veemente e meu sede escancia.
Ludy Mellt Sekher©



UM ROGO
Ludy Mellt Sekher©

Vou pedir à estrela mais preciosa
que me roube de teus olhos o mar.
E num menino barco, longe destas rochas
entre aves aquáticas irei navegar.

E compreenderás que uma destas noites
enquanto dormes, eu te faça sonhar.
Que te levarei longe no mesmo barco
e juntos uniremos meu céu e teu mar.

Nenhum mal pode fazer-nos a terra
se por teu mar vamos naufragar
e no fundo, quiçá encontremos a paz.

E também depois, sentados sobre a orla
encontremos a vontade, deusa semente
conque semeemos a verdadeira amizade.
Ludy Mellt Sekher©




MEU NOME
Antonio Miranda©
I
Antonio, menino, vamos conversar:
por que foges do castigo, se ele vai te alcançar?
Prá que tanta rebeldia, socando ponta de faca?
Aonde te levam estas pernas de caminhar
tantas fugas, recusas, tanto ensimesmar?
Antonio, menino, por que blasfemas?
Que te leva ao prazer do sofrimento
ao pensamento avesso ou travesso
a contradizer o sim e a reiterar sempre o não?
De onde vêm estas idéias de suicídio
enquanto amas saturado e satisfeito?
II
Tantas páginas escreves! Tantas leituras
apressadas, tanta angústia de ser
tantas perguntas impossíveis, desejos
sonhos absurdos, planos inconseqüentes!
Que amigos são esses que não voltarás a encontrar?
Que lugares tu buscas que deixarão de existir?
Que amores te queimam que se vão dissipar?
Que idéias te movem que logo vais superar?
Acaso essa birra vale o que a motiva?
III
Frente a frente, somos dois desconhecidos
que se negam, contradizem, se acusam.
Espelho maldito a revelar o nosso estranhamento.
Não me acuses do que não fostes capaz!
Nada sou daquilo que pretendias ser!
Nunca fui amado tanto quanto querias!
Nem amei tanto quanto querias que eu amasse...
IV
Antonio, por favor, reconheça o teu fracasso
e deixa espaço para eu existir
sem ter que justificar-me diante de ti!
Deixa eu ser feliz no meu conformismo
- de achar que tenho o que mereço
enquanto tu deliras e deliras!
Por que estragas o meu sossego tão frágil
azedas a minha felicidade tão precária?
A partir de hoje o meu nome é Outro.
Extraído do livro RETRATOS & POESIA REUNIDA
( Brasília: Thesaurus, 2004).
http://antoniomiranda.com.br/

O ARROGANTE POETA
Alcina Maria Silva Azevedo©

Aquele que sábio se acha
Não alcança o pedestal
Pois seu orgulho lhe tolhe
E esquece que é vil mortal!

Meu Deus! Porque a arrogância?
Deixa cego o coração?
Daquele que só se vê
E não tem Deus no coração!

Acha que só ele sabe
E está sempre a admoestar
Aqueles que lhe fazem sombra
Pois estão a trabalhar
Caminhando com segurança
E conjugando o verbo amar.

Mas ele se sente um Deus!
E não enxerga nem o nariz...
Os seus olhos estão voltados
Para o alto e sempre diz:
“Sou o maioral! Todos aprendem comigo!
Esses poetas são medíocres!
Merecem todos um castigo!”

Hum...coitado
Ele não vê que a arrogância
Pode destruí-lo num sopro
E levá-lo ao precipício
Ou a um asilo de loucos!
Alcina Maria Silva Azevedo©

http://caliope.sekher.com/alcina3.htm

Fantasia ou Realidade
Ana Alice Zanettini©

Sou o poema bem me quer mal me quer, costuro as letras.
Invento reverto dou sentido num misto de amor e dor.
Vou além da imaginação.
Incorporo um personagem, sinto as dores,
Dou vida e animação, este é o papel do poetar.
Ora fantasia, ora realidade.
Fictícios ou não cirzo as palavras.
E quando sinto milhões de sentimentos,
encontro -me num vazio.
Sinto as dores do amor não correspondido,
Aí meu coração grita.
Onde está a minha outra metade?
Dou um sorriso triste.
Os dias passam devagar.
Este é o meu lugar, meu tempo de poetar.
Encontro-me a coser os sentimentos,
Sem ter alguém para conversar.
E quando me desabafo;
O vento leva
minhas palavras e dissipa no ar.
19/9/2004
Ana Alice Zanettini©
http://www.ana.zanettini.nom.br/

Estou amando
Marisa Cajado©

Sinto o canto do mar
As rajadas do luar
O cheiro da flor silvestre
Do capim e do cipreste.
Ouço o murmúrio do vento
Na sinfonia de alento
Neste painel estrelado
Do côncavo enluarado.
Amo com intensidade
Minha vida, minha verdade.
Sinto a voz divina
Profunda e Cristalina
Ecoando em meu ser
Impulsionando-me o viver.
Ah! meu amor é tanto,
É tanto o seu encanto
Que em mim, já não cabe
Este amor que me invade.
Eu preciso repartir.
Por isso, vou seguir
Este amor cantando
Este amor doando
Na energia do verso
Seja ele
Poema do universo!
Marisa Cajado©

www.marisacajado.com


A Teus Pés
Anna Paes©

Aqui estou, cheia de fé
Prostada a teus pés
Ofertando o meu coração,
Recebendo, aceitando o teu
Num ato de contrição,
diante do Deus meu.
Toma-me,
faze-me tua
Satisfaça tuas necessidades,
que é a minha vontade.
Quando te fartares,
Não precisares de meu abrigo,
do meu abraço amigo,
do calor do meu ninho
Sem nada falares,
com um gesto de carinho
Deposita-me em teu mais secreto esconderijo
Escondida em um cantinho,
Apenas isto exijo.
Deixa-me ali ficar,
Permita-me morar naquele lugar
Até que a saudade
Obrigue-te a me buscar.
©AnnaPaes®
http://www.anna.paes.nom.br
http://poesiaeart.sites.uol.com.br




PORTA RETRATOS

Jorge Linhaça
3/08/2005

Sobre o tampo da mesa
vejo a tua fotografia
do ano não tenho certeza
mas ainda sinto tua alegria

Sob o feitiço do tempo
viajo para aquele dia
num viajar de pensamentos
nos braços sa utopia

Crio todas a história
imagino todos os fatos
viajo na minha memória
olhando o porta retratos


http://www.recantodasletras.com.br/autores/jorgelinhaca

Prece ao Tempo
Marise Ribeiro

Tempo que marca o rosto,
que faz cerrar os olhos;
tempo que não seca o desgosto
no lenço que sempre molho.

Todos dizem: "o tempo cura,
a ferida fecha, cicatriza..."
Mas a minha doída loucura,
será que o tempo ameniza?

O que és tu, tempo,
senão um correr de horas?
Torna-se eternidade um momento,
quando a dor não vai embora.

Ah! tempo, lutas sempre comigo!
Por que não entendes o que preciso?
Deixa de te fazer inimigo
para que me retorne à face o sorriso.

Estanca os minutos, pára o mundo,
põe o pulsar do coração em suspenso,
dá-me pelo menos um segundo,
para qu'eu seque meu lenço.

02/01/06
Cenário de Sentimentos


 


LISTADO DE PÁGINAS DE POEMAS DE RUI PAIS

 POEMAS 1º

POEMAS 2º

POEMAS 3º

POEMAS 4º

POEMAS 5º

POEMAS 6º

POEMAS 7º

POEMAS 8º





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AGRADECIMIENTO

Imágenes de Arte Digital, de Ludy Mellt Sekher con licencia otorgada
Traducción al Español por Ludy Mellt Sekher

 

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