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MEU PERFIL

Nasci como todo o petiz, ingénuo!
Assim tu nos concebes Senhor!
Lá fora há um ambiente árduo
Similar ao da vida do lavrador!

Estava adquirindo a consciência…
Deixando a idade da inocência!
Perdia a graça de menino mimado
E começava a esboçar meu fado!

Hoje sou uma espécie de penitente
Tenho um rosto como toda a gente!
Meu perfil é sinuoso como o do mundo
Trás cicatrizes e incertezas no fundo!

Rui Pais
13/04/2006

CREPÚSCULO

Voavam aves em bando apressadas
Como se estivessem atrasadas…
Senti uma aura comum no crepúsculo
O planeta parecia-me minúsculo!

O Sol buscava terras doutra gente
A luz baixava no horizonte…
O oceano na penumbra adormeceu
Pequenos focos de luz viam-se no céu!

Os ruídos eram os normais da noite escura…
Há pouco os namorados iam de mãos dadas…
O tempo incentivava-os para a aventura…
As ruas num ímpeto ficaram abandonadas!

O silêncio chegava mudo como a morte…
A solidão estendeu-se de sul a norte…
Nas esquinas concubinas pálidas, sem cor…
Perdidas nessas madrugadas do amor!

Rui Pais
11/04/2006

QUANDO EU TIVER QUE PARTIR

Se vier a acontecer numa Primavera
Que seja em convívio com a atmosfera...
Ergam-me lá bem no alto duma serra
Com vista sobre o mar desde terra!

Se suceder no auge dum Verão…
Não me enviem para debaixo do chão…
Atirem-me nesse oceano tamanho…
Em suas águas serenas e tépidas
Eu me purificarei no derradeiro banho!

Se tiver que ser durante o Outono…
Levem meu corpo para incinerar…
Parte dessas cinzas joguem ao mar…
A restante no solo da pátria amada
Para que essa área seja fertilizada!

Mas se o destino me quiser no Inverno
Peçam para escavar uma cova funda…
Em terra arável que seja bem fecunda…
Coloquem diversas sementes sobre mim
E aguardem o florir dum pequeno jardim!

Rui Pais
06/02/2006

ORIGENS

Surge a matéria no espaço rarefeito…
O princípio da vida vem do oceano…
Da metamorfose hoje sou o efeito…
Sempre estive integrado num plano!

Já fui dependente do reino vegetal…
Minha vida insere-se no homem actual…
Apenas sigo o curso do progresso
A direcção evolutiva do sucesso!

Fruto dum mero acaso acidental?
Eu diria uma circunstância ambiental…
Onde Deus concebeu um ser racional?
Sobre o amanhã nada posso comentar…
Os humanos e a ciência caminham a par!

Rui Pais
16/02/2006
 


O EFEITO DO VULCÃO

Surgindo do interior da terra
Um vulcão abre enorme cratera
Com uma estridente explosão
Surpreendendo a população!

Expeliu sobre o meio circundante
Toneladas de matéria incandescente
Pela encosta deslizando esta lava
Uma força que não se controlava!

Resvalando pela vertente
Íngreme, muito pendente
Galgou uma trincheira
Mergulhou numa albufeira!

A água foi subindo…
O muro do dique ruiu…
Cai impetuosa no rio…
Arrastando na passagem
Tudo perto das margens!

O rio toma a forma dum delta
Tornando a foz muito esbelta
Mas os ramais ao abraçar o mar
Ele os entrelaça e faz naufragar!

Rui Pais
14/02/2006
 


A MINHA MUSA

O que sinto por ti é amor e paixão…
Num contínuo agitar de meu coração!
Há uma vontade de estar a teu lado
Olho o imenso Atlântico e fico calado!

Quero teu corpo coladinho no meu…
Tu te entregas e sou todo teu!
Entro em excitantes delírios de amor
A que nos doamos sem qualquer pudor!

És como uma bela e majestosa floresta…
Eu sou o rio chegando para a festa!
Recebes-me com inflamada sofreguidão
Somos o fruto acre-doce desta união!

Vim para te trazer um gostoso prazer
Que um dia aspiraste em sonhos ter!
Junto de mim não te faltarei jamais
És minha musa acima dos mortais!

Rui Pais
09/02/2006


 

 

 

 

 

 









 




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O PODER DO VENTO

Como surge o vento?
Porque não o vejo?
De ligeiro a muito forte
Nunca lhe vi a fronte!

É desejado como brisa suave
Chega veloz, de rompante…
É agreste quando investe
Voa célere como a ave!

Vai e volta quando lhe convém…
Actua sobre nós com desdém!
Chamamos-lhe: fenómeno natural
Tanto causa o bem como o mal!

Pode chegar furtivo sem se ver…
Astuto, de surpresa ao alvorecer…
Sobressalta porque surge invisível…
Transforma o incrível em possível!

Rei e Senhor de qualquer vendaval
Provoca quando quer um temporal…
É um prodígio no seio da natureza
Faz parte do clima, ele é surpresa!

O tempo o rege com todo o rigor…
Nem sempre chega de bom humor!
Aos ziguezagues, actua por arrastão…
Ataca nos flancos e sopra do chão!

Rui Pais
12/04/2006


A DOR DA ALMA

Dói-me a alma que se afasta de mim…
Dói-me sempre que se evade assim!

Dói-me o coração de tanta crispação…
De cansaço, sem ver a reconciliação!

Até a dúvida já me dói de forma igual…
Nesta discórdia entre o bem e o mal!

Rui Pais
11/04/2006

A BELEZA PRIMITIVA

Sorriso estampado no rosto…
Sorriso primaveril…
Sorriso que apreciar dá gosto…
Bendito seja o mês de Abril!

Sorriso de menina traquina…
Sorriso contagiante da pequenina…
Envolve o meio em seu redor
Como a faz o Sol num reino maior!

Menina tão afectuosa e meiga…
Atractiva e no entanto leiga.
Menina doce como o mel...
Desconheces o que é o fel!

Menina da nova geração…
Sorriso contágio e emoção…
Menina projecto do futuro
Num meio muito mais seguro!

Menina que um dia serás mulher
Mãe e esposa, todo um outro ser…
Terás uma visão contemplativa
E entenderás a beleza primitiva!

Rui Pais
18/02/2006

LISBOA ABRAÇANDO O TEJO

Este rio de grandeza tamanha
Corre desde terras de Espanha…
É um caudal ibérico peninsular
Tem ânsia de abraçar o mar!

Vai deslizando silencioso e suave…
Como o faz no voo plano a ave…
Abre-se num empolgante estuário
E mostra Lisboa num lindo cenário!

A cidade e o rio sentem brio
Numa paisagem em equilíbrio…
De mãos dadas Lisboa e o Tejo
Compartem o mesmo gracejo!

O maior caudal a passar Portugal
Vai envolvendo esta bela capital…
Saúda o Castelo desde o rio a Alfama…
Saúda todos os cantos que têm fama…

A Sé Velha, a igreja Madre de Deus…
As duas grandes pontes e museus…
Os Jerónimos, a Torre de Belém…
E o Cristo Rei na outra margem!

Despede-se ao fundir-se com o mar
Nas águas que flúem sem cessar…
Outras recém-nascidas como um desafio
Cristalinas, abundantes, já descem o rio!

Rui Pais
15/02/2006


O SOL FONTE DE ENERGIA

O Sol é minha fonte de energia
Ele me aconchega durante o dia!
Antes de qualquer outro alimento
É dele que me vem o sustento!

Básico à vida como água e pão…
Vejo-o como o meu lampião!
Ele acompanha meus passos
Nos trilhos que ao pisar traço!

Em cada dia que vai passando
O seu calor me vai aquecendo.
Meu corpo muito lhe agradece
A vitalidade que em mim tece!

Orienta a visão que Deus me deu
Esse foco luminoso vindo do céu!
Ajuda-me a diferenciar as cores
Sem ele o meio não tinha flores!

Quando parte levando a claridade
Despem-se os campos e a cidade.
Vem a noite, aí durmo e descanso,
Recupero o alento, planeio, penso!

É depois do amanhecer que executo
Meu trabalho, quando posso desfruto…
E vou gastando o tempo nesta rotina
Onde a vida e a morte se descombina!

Rui Pais
12/02/2006
 


TRANSIÇÃO PARA O FUTURO

Gostaria de compor um poema inédito
Cujo conteúdo merecesse ter crédito!
Abordando várias crónicas inauditas
Daquelas que só vendo tu acreditas!

Existem outros seres para lá da Terra…
Alguns com ar de quem os desenterra…
Outros astutos e de grande talento
Um dia lá chegaremos com alento!

Sei como é importante o futuro
É preciso derrubar esse muro
Com tecnologia de ponta avançada
E electrónica bastante sofisticada!

Revolucionando esses tempos por vir
Num estágio a que não se pode fugir…
A mente do ser humano nos conduz
A ultrapassar a velocidade da luz!

O Cosmos faz parte deste ambiente
Espaço onde reside toda a semente….
A Terra servirá naves em trânsito
E suas bases conhecerão o êxito!

O automóvel torna-se peça de museu…
O principal meio de locomoção é aéreo…
A velocidade será uma grande conquista
Já está delineada na mente do cientista!

Rui Pais
09/02/2006




 


LISTADO DE PÁGINAS DE POEMAS DE RUI PAIS

 POEMAS 1º

POEMAS 2º

POEMAS 3º

POEMAS 4º

POEMAS 5º

POEMAS 6º

POEMAS 7º

POEMAS 8º





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AGRADECIMIENTO

Imágenes de Arte Digital, de Ludy Mellt Sekher con licencia otorgada
Traducción al Español por Ludy Mellt Sekher

 

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